"Tell the truth, tell the truth, tell the truth."
Posted by Vio- Sheryl Louise Muller.
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por ter conseguido chegar hoje ao trabalho.
(na foto, eu a preparar-me para sair de casa)
(Cliquem na imagem para ver em tamanho real)
Este mês comprei, julgo que pela última vez, a revista feminina Happy. Recordo-me que o que me chamou pela primeira vez a atenção para esta revista foi um artigo sobre os dinkies (double income no kids). Fiquei agradavelmente surpreendida com as sugestões de restaurantes e hóteis de charme que incluía e passei a comprá-la. Julgo que insconscientemente, também me agradou o facto de esta revista não ser politicamente correcta; não se importava de ter na capa títulos como: 16 razões para não ter filhos, ou Como um amante salvou o meu casamento.
O único problema é que existe, pelo menos para mim, um limite razoável para a quantidade de show-off e neo-clichés que consigo comportar. Aparentemente, o universo feminino gira em torno de uns saltos altos Manolo Blahnik, botox, loucas festas sexuais em Ibiza e a nossa vida dupla com um novo amante a cada 3 dias, para não fartar. Se for Verão, ou se o verão estiver à porta, então teremos a celulite, o horror, a tragédia, o castigo maior que Dante não inclui na sua descrição do Inferno apenas porque é homem e não percebe destas coisas. E claro, o Swing, as festas de viagra e a Neo-monogamia ou não fóssemos estar na era das relações abertas. Tudo isto colmatado com um artigo que nos assegura que não há nada de errado em gostar de pornografia e sex-toys, não querer ter filhos e fazer sexo no primeiro encontro. Uffff! que alívio, já me sinto muito mais descansada agora. Agora e no próximo ano, pois as previsões horóscopo 2010 da revista asseguram-me que tudo vai correr às mil maravilhas, porque tenho Júpiter, Saturno, Urano e Plutão* alinhados a meu favor e até me admira que não estejam também os restantes e os de outras galáxias, tão de feição que isto me vai correr.
E agora com licença, se não se importam vou só ali dar um pulinho a Nova Iorque para ir comprar um daqueles novos sex-toys da moda para usar com o meu novo namorado atlético, inteligente, divertido, rico, com bom gosto, romântico, que depila os pêlos do peito e que eu ainda não encontrei mas que a revista garante que andam por aí aos montes.
*isto é inteiramente verdade! Ver Happy Woman Dezembro 09,pág, 66
A primeira música que ouvi de Melody Gardot foi 'Baby I'm a Fool' (já aqui publicada), que faz parte de My One and Only Trhill.* Sabendo que este single pertencia ao segundo albúm desta cantora norte-americana, resolvi começar do príncipio e ouvir o primeiro, Worrisome Heart, e recordo-me de pensar: this is gold.
Não resisti. Entrei na Fnac, comprei o segundo albúm e a partir daí tocou em repeat na minha vida por dias a fio. Esta senhora, a quem o nome lhe assenta que nem uma luva, destronou nas minhas preferências Harry Connick Jr., Nora Jones, Stacey Kent e Lizz Wright.
My One and Only Thrill torna díficil a tarefa de apontar preferências, pois é um albúm que tem tudo na medida certa. O jazz clássico de 'Baby I'm a fool', o blues lento e negro de 'Your Heart is as Black as Night', a alegria infantil de 'If The Stars Were Mine', o swing de 'Who Will Comfort Me', a frescura de 'Les Etóiles'...enfim, não sei onde começar, nem onde acabar, mas talvez seja na canção de bónus, 'Pretend I Don't Exist', que lembra uma canção de embalar, cantada em segredo.
Anotem: que albúm e-x-t-r-a-o-r-d-i-n-á-r-i-o. Não sendo, obviamente uma autoridade na matéria, arrisco dizer que este é, provavelmente, o melhor albúm do ano. 50:08 minutos de puro charme.
*(Obrigada Luís, por me conheceres tão bem!)
...disponível grátis nas suas lojas, para que pessoas como eu possam escrever posts parvos enquanto tomam o seu Toffee Nut Latte. :)
Read more »No dia em que te deixei ir o meu coração parou. Parou, não porque estivesse cansado, mas por uma necessidade básica, elementar, de parar de sentir. Entretanto, as minhas mãos encheram-se de dias, de céus ruidosos, de quilómetros e de flores.
Sugeriram-me de tudo: o alcóol, o Prozac, a libertinagem. E eu, obediente, trouxe todas essas receitas comigo para casa e não dei conta de nenhuma.
Tentei explicar-lhes o inútil de tentar calcular a raíz quadrada do meu problema por lógicas matemáticas, porque o meu coração não obedeceu nunca à linguagem de métricas quantificáveis.
Fiz um pacto de paz com a minha fé. Decidi não acreditar em coisa alguma porque o mundo já me provou o contrário e o seu inverso vezes demais, e foi assim que comecei a acreditar em acasos e na implacável dureza da saudade.
Perdoa não te devolver o lume, aquele desse autor que tanto apreciámos e que sabias de cor e juro, quando o dizias, todas as palavras eram borboletas.
Falar é-me díficil, como se tivesse a língua presa a uma cadeira de rodas. Não sei explicar mas é assim e julgo que também tu me compreenderás acerca dos terrores da habilidade linguística. A escrita é a extensão possível da voz, e é só.
Há muito pouca beleza no que digo e foi assim que o meu coração se tornou autista.
Baby I'm a fool, por Melody Gardot.
(review a este fabuloso segundo albúm very, very soon)
"Raramente a verdade é pura, e nunca é simples."
Tinha razão.
Acordei uma manhã de Inverno e queimei todos os meus poemas. Fi-lo para que não houvessem palavras, como aquelas que faltaram a Torga, e como o senti então. Mas não houve nada de dramático, apenas de insensato, uma total ausência de lógica, daquelas que nos lembra um qualquer Deus cheio de ironia a pregar-nos partidas.
Já não uso relógio e desfiz-me de agendas e calendários. Se não posso controlar o tempo vou antes enganá-lo. Então empurra-se a vida para a frente, para que aconteça a que custo for, mas que não páre. Rezo a todos os Deuses, eu que não acredito em nenhum, que por favor não páre.
A invisibilidade foi-me sempre uma arte cara e fácil, e foi assim que percebi que era aquela gente perdida que fazia mover os dias através de uma lente. Já não podia dizer-to, mas tive a certeza. Desconfiava das pessoas como dos poemas, e se os ouvia era por pura condescendência, uma espécie de altruísmo moderno, a que escapa todo o romantismo.
A vida passa em fast forward. Trago na ponta dos dedos uma dor irrepetível. Insisto em fazer a vida acontecer, vou continuar até a minha energia se esgotar.
E juro, em voz alta para que me ouça, que tudo isto é verdade.
Quem disse que ser magricela não tem as suas vantagens? Pois é, a roupa de júnior da Nike serve-me, e , morram de inveja, custa metade do preço da versão para adultos. :) Não são lindas? Já estou a imaginar o sucesso, quando passar pelo pessoal como uma bala.*
*ok pronto, como um TGV.Como um comboio a carvão... Como um carro a bóis...
Patrícia, mostrando a sua nova aliança a Sílvia:
Sílvia: Epah, realmente é muito gira...
Patrícia: pois é, era mesmo o que eu queria, ele acertou!
Vanessa: é verdade, parece que foi escolhida a dedo!"
Vanessa olhando para a passadeira no Holmes Place Amoreiras.
"Vanessa: Qual é a a música preferida de uma máquina de cardiovascular?
R: ...Girl i'm gonna make you sweat..."
(isto é verdade, eu imaginei mesmo isto por uns segundos e depois estive o resto do tempo a rir como uma tola enquanto corria)
..entrei no Starbucks e estavam a tocar músicas de Natal. Sentei-me na mesa com o meu livro e um Toffee Nut Latte que me aquecia as mãos e por momentos, juro, desejei que estivesse a nevar lá fora.
"...aquele... como é que se chama aquele Teatro que há ali entre o Saldanha e Piconhas??..."
Eu, logo de manhã para começar bem o dia. Ah, e o teatro é o Villaret.
se eu disser que estou com a Herbal Essences pelos cabelos, isso é uma redudância?
...quando tocou Enjoy the Silence num pavilhão atlântico esgotadíssimo. Um dos grandes momentos da noite, com uma atmosfera de arrepiar.
Começou o Ciclo de Cinema Espanhol organizado pela Embaixada de España em Portugal. Acerca do filme de abertura, que fui ver e dá título a este post, podia alongar-me num sem fim de considerações (como seriam a belíssima captação de humanidade desta tragi-comédia), mas... ultimamente a vida aguçou-me o sentido práctico e portanto vou-me deixar de merdas e dizer simpesmente: epah, ca' granda filme! Aplaudo de pé!
Ay Carmela! (1990)
..a minha amiga Patrícia, que foi ontem pedida em casamento. E com direito a tudo: velas, pétalas sobre a mesa e um pedido de joelhos.
'Bem lamechas e piroso, como o amor deve ser'.
(Querida amiga, às vezes, as coisas são mesmo uma questão de timing.)
para fazer os 10km Algés-Oeiras. Raios mais as inflamações musculares. Mas fiquei à frente do Sócrates. Se agora fosse tirar o curso à Independente já podia governar este País.
...porque é que gastamos centenas de euros com alguém que durante 50m se assegura que sofremos o mais possível e que no dia seguinte nos doem músculos que nem sabíamos que tínhamos...!
Mas como é que eu nunca 'tropeçei' nesta música? :D
6-1 / 6-0 em apenas 51 minutos, contra a (muito pouco) nº 1 do mundo Dinara Safina. Uma lição de ténis, a acrescentar ao percurso irreprensível em Wimblendon este ano (e aos 5 títulos neste grand slam).
Amanha jogará a final contra a mana Serena. Imagino que já saibam por quem estou a torcer.
Gostava de partilhar com voçês, o poema hoje publicado por Manuel Alegre no seu site: "Fados dos Contentores."
(...)Por mais que busques defronte/Nem ilhas praias ou flores/Não há mar nem horizonte/Só contentores contentores./Lisboa não tem paisagem/Já não há navegadores/Nem sol nem sul nem viagem/Só contentores contentores./Entre o passado e o futuro/Em Lisboa de mil cores/O sonho bate num muro/De contentores contentores./Por isso vamos cantar/O fado das nossas dores/E com ele derrubar/O muro dos contentores./
Quando vi este senhor pela primeira vez na política pensei que era melhor dedicar-se à poesia, mas agora talvez lhe diga para se dedicar à política outra vez. Não sei, estou baralhada..
A minha colega Ana observou: "olha, aqueles 2 pombos estão a comer pedras! Parece que são estúpidos." Há que se lhe fazer justiça.. é sabido o que se diz das galinhas, e, convinhamos, os pombos têm o quê?... metade da capacidade craniana delas? Por acaso até já estou a imaginar a conversa deles a seguir:
"então, tá bonzinho colega?"
"ah e tal, tenho o estômago um bocado pesado.."
No beiral da janela do meu trabalho, costumam pousar 3 pombos. A sério, são sempre os mesmos. Não são uns pombos quaisquer, lembram-me os pinguins neuróticos do Madagáscar. Juro. Encostam a cabeça ao vidro e ficam minutos a fio a olhar fixamente cá para dentro.
A Apple celebra hoje o 25º aniversário do primeiro computador Macintosh.
Clap Clap Clap!
"Los únicos interesados en cambiar el mundo son los pesimistas, porque los optimistas están encantados con lo que hay." Saramago