Dilemas automobilísticos

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Quando tinha o meu carro antigo, um velhinho Clio, chamei-lhe carinhosamente Bianca, pois a matrícula começava por BI.
Agora que mudei de carro, ainda não consegui batizá-lo porque percebi que não lhe posso dar nome de mulher. Ao fim de umas semanas com ele, cheguei à conclusão que um Smart é como um homem bastante leviano. Enfia-se em tudo que é buraco.

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Em (i)legítima despesa

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Alberto João Jardim veio ontem a público dizer que, afinal, a dívida da Madeira não eram apenas aqueles 1,5 mil milhões de euros. E embora já o imaginássemos, nada como uma autoridade legítima para o aclarar. Aparentemente, só o povo da Madeira parece não saber o que todos sabem, é dizer, que os prodígios da prosperidade de João Jardim faziam parte de uma contabilidade assaz creativa. Está claro que quem nasce na Madeira, herda aquele gene bom de bola; João Jardim é quase tão bom a chutar para a frente como Ronaldo.
Nada, no entanto, a que o seu arqui-inimigo Socrátes não nos tivesse já habituado, o que convenhamos, tem a sua graça, já que apesar das acusações de João Jardim a Sócrates, eles parecem pertencer à mesma escola. Quando se anunciam cortes, crise, aumentos de impostos e redução de benefícios, João Jardim promete não despedir ninguém e continuar a fazer obra; Claramente o PS não consegue ganhar na Madeira porque o compincha J.J. ainda é mais socialista que eles.
Acredito, a meu desprazer, que João Jardim vai ganhar as eleições na Madeira pelo mesmo motivo que Socrates esteve 6 anos no poder: porque vender ilusões continua a render e o discurso contra a malta do Cont'nent eleva-o ao estatuto de figura mitológica.
É claro que também existem Joãos Jardins - vulgo políticos irresponsáveis - no continente, mas esses pelo menos também foram eleitos por vós. Independentemente disto, no final a factura é só uma e vai ser paga por todos.

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What a week

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Uma semana que começou segunda e acabou, hoje, Domingo ás 04:00 da manhã*.
As noitadas. E com elas o Red Bull, os ponteiros do relógio, o fast-food entregue à porta, muito, muito Guronsan. E o anoitecer, o amanhecer, o táxi que nos leva a casa, o banho frio para acordar poucas horas depois. O Cristo Rei visto da minha janela, as pessoas fechadas em si, no metro. As canetas no cabelo, as lentes coladas aos olhos. O meu vestido para um batizado hoje, que andou a passear pela cidade errada e por pouco não me chegava às mãos a horas. O livrete do meu Smart, que chegou finalmente. A Golden Retriever da velhota lá da rua que nos vem dar os bons dias e nos faz sorrir. Um dedo entalado. As horas. O cd perdido que finalmente encontramos. A porteira que nos pergunta se andamos a dormir na agência. Os saltos de 10cm que nos fazem doer os pés.
Que semana esta.


*Um compromisso de trabalho fez com que trabalhasse practicamente 2 semanas em apenas uma. Prometo voltar à regularidade esta semana!

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9/11 revisited

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Foi o dia em que o ocidente aprendeu o medo. Perto das duas da tarde em Portugal, cadeias internacionais de televisão mostravam as torres gémeas a arder, no que parecia ser um acidente aéreo. Tinha 17 anos e vi em directo um segundo avião a embater na outra torre. Ainda hoje me comovo quando me lembro daquele momento.

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I do!

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Ele leva-me às compras e deixa-me ver tudo o que quero. Ele diz-me onde estou e o que posso fazer perto de mim. Ele diz-me como o tempo vai estar, para eu não me molhar. Ele traz-me o jornal todos os dias, e algumas revistas. Ele diz-me que números saíram no Euromilhões. Ele leva-me ao banco. Ele diz-me que filmes vale a pena ver e onde estão. Ele entretêm-me quando estou aborrecida. Ele ajuda-me a cozinhar. Ele vê filmes comigo na cama. Ele acorda-me de manhã com música. E não se irrita a ver a bola nem pede para lhe trazer uma cerveja. Se se ajoelhasse com um anel, casava-me com ele.




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