Merry Christmas to u all

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Das saudades e outras coisas

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Quando te levei lá para casa eras como um buda peludo. Eras tão pequeno que te equivocaste e pensaste que eu era a tua mãe e seguias-me para todo lado. Tinhas ramelas nos olhos e lombrigas e chuchavas no meu pescoço. Não fazias nada que te mandassem, a menos que fosse eu a dizer. Quando eu estava doente, não arredavas pé da minha almofada, levantavas a cabeça de vez a vez para confirmar que eu ainda estava ali. A única coisa de que gostavas mais do que de mim era de fiambre, mas no hard feelings. De manhã trazias molas, esse presente exótico e colorido que roubavas da marquise e insistias em deixar na minha cama. Gostavas de água e vinhas molhar as patinhas no meu banho.
Fiquei adulta a perceber que envelhecias mais depressa, mas haviam tantos dias naquele calendário. Já lá vão uns meses e agora ignoro as saudades. É sempre assim.

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Alguém os avise, se faz favor

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Não percebo as pessoas que se indignam porque são os mercados a mandar e ainda não perceberam que mandam e continuarão a fazê-lo porque são credores.
E são credores porque lhes devemos e por sua vez devemos porque pedimos indiscriminadamente. Nada de novo até aqui portanto.
Eu só já me espanto com quem ainda se espanta. Os velhos surpreendem-se porque são de tempos em que não existiam bolhas imobiliárias nem dívidas incalculáveis. Os jovens porque assumiram como garantido um mundo onde uma geração vivia inquestionavelmente melhor que a anterior.
Esse mundo acabou e algumas pessoas parecem não ter dado por isso.

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Prescrições duvidosas (ou chupar 2x ao dia dá saúde e alegria)

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Há uns dias começou a doer-me a garganta. Então, fui à farmácia onde vou habitualmente, ao lado do meu trabalho, e pedi umas pastilhas para a garganta.
O rapaz, que já me conhece, dá-me os bons dias e vai buscar uma caixa de pastilhas. Nisto, coloca-as em cima do balcão e diz categoricamente: "Vai chupar 2 vezes ao dia!". Claro que assim que ele disse aquilo, o meu sobrolho deve ter levantado numa expressão de surpresa e fiquei com aquela cara de quem está a ter alguma dificuldade em não desatar a rir, mas não pode perder a compostura. Por sua vez a ele caiu-lhe a ficha assim que falou, e ficou com um ar bastante aflito. Eu que tenho um humor um bocado ácido, estive quase, quase para lhe dizer: "Então e é para começar já?" Mas não podia ser, senão dali para a frente ia ser o deboche total e nunca mais podia lá pôr os pés. Aahh, que pena não ter sido noutra farmácia qualquer...

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Happy Birthday to me

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28 aninhos. Já estou crescidinha.

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Nem eu

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"Existem 2 coisas infinitas: o Universo e a estupidez humana. E não tenho a certeza quanto ao Universo."

- Albert Einstein -

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The adolescent drama queen

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Andar nos autocarros da Carris pode ser um verdadeiro consultório de psicanálise. Existem sempre adolescentes com cara de quem precisa de um Clearasyl a partilhar os seus dramas da vida moderna:
"Eu ajudei-o a estudar para o Teste de Fisico-Química e ele agora nem me fala" ou "Ele disse que só gosta de miúdas com piercings" ou "O Justin Bibier tem namorada" ou "A minha vida está a desmoronar, foi a minha primeira relação séria." (amiga do lado)"Vocês andaram bué da tempo não foi?" "Bué. 4 meses."
Mas o meu drama adolescente preferido continua a ser este:

















(Caramba, estou a ficar velha.)

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Chegou o Outono

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(e por Lisboa chove. É um chocalate quente, sff, com avelã.)

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Um dia...

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(Condensar a vida num só fôlego)

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Não espere mais! Ligue agora mesmo!

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Há umas semanas, numa noite de insónia, sentei-me no sofá já a noite ia longa. E eu que ingenuamente pensava que os anúncios do tipo tv shopper pertenciam já a um passado longínquo, dei-me conta que não só ainda existem, como mantêm a sua essência. É fascinante.
Neles, senhoras e senhores com ar de quem acabou de entrar no ginásio em 1980 tentam convencer-nos de 2 coisas: que aquela qualquer coisa que estão a vender vai revolucionar a nossa vida e que conseguem sorrir daquela forma exagerada durante todo o anúncio sem lhe doerem os músculos da cara.
Numa voz off sempre descoordenada ficamos a saber que um grupo de cientistas de QI's estratosféricos fizeram uma descoberta revolucionária em plantas de 5 Continentes diferentes ou que aliaram numa epifania da engenharia 43 máquinas de exercícios diferentes. Entretanto a voz descoordenada começa a desbobinar um rol repetitivo e certeiro de adjectivos como estrondoso, fantástico e revolucionário, uma e outra vez, não fossemos nós não ter ouvido à primeira e não perceber os óbvios benefícios daquilo que nos está a ser apresentado. Nisto, a voz remata num tom entusiasta: irá ver resultados nas primeiras 24 horas. Sim!! Nas primeiras 24 horas! É a apoteose total e a este ponto, já estamos completamentamente convencidos dos poderes espectaculares e resultados notáveis do produto mais eficaz de sempre.
E claro, são sempre a novidade do momento, mesmo que já tenhamos visto aquele anúncio numa década diferente, quando ainda saltávamos à macaca.
Mas as vantagens não ficam por aqui. Tudo é 100% natural, sem químicos e sem feitos secundários e pode ser usado no conforto da nossa casa. E se formos uma das primeiras pessoas a ligar ainda nos oferecem um magnífico trem de cozinha, um aspirador, uma torradeira e mais qualquer porcaria banhada a ouro de 24 quilates. Tudo isto por apenas 999.99€ que podemos pagar em 3 suaves mensalidades.
Como é que podemos resistir? Curam todas as maleitas. Calvice, celulite, estrias, barrigas flácidas, falta de jeito para cozinhar. Resolvem todos os nossos problemas. Os professores Karamba que se cuidem.

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Quando o mundo fica mais pobre

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Hoje perdeu-se um génio, um dos poucos grandes visionários dos nossos tempos.













So long Steve.

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I want a raise!

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Cheguei à conclusão que os terroristas deviam ganhar melhor. Afinal de contas, os tipos matam-se a trabalhar.


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Dilemas automobilísticos

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Quando tinha o meu carro antigo, um velhinho Clio, chamei-lhe carinhosamente Bianca, pois a matrícula começava por BI.
Agora que mudei de carro, ainda não consegui batizá-lo porque percebi que não lhe posso dar nome de mulher. Ao fim de umas semanas com ele, cheguei à conclusão que um Smart é como um homem bastante leviano. Enfia-se em tudo que é buraco.

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Em (i)legítima despesa

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Alberto João Jardim veio ontem a público dizer que, afinal, a dívida da Madeira não eram apenas aqueles 1,5 mil milhões de euros. E embora já o imaginássemos, nada como uma autoridade legítima para o aclarar. Aparentemente, só o povo da Madeira parece não saber o que todos sabem, é dizer, que os prodígios da prosperidade de João Jardim faziam parte de uma contabilidade assaz creativa. Está claro que quem nasce na Madeira, herda aquele gene bom de bola; João Jardim é quase tão bom a chutar para a frente como Ronaldo.
Nada, no entanto, a que o seu arqui-inimigo Socrátes não nos tivesse já habituado, o que convenhamos, tem a sua graça, já que apesar das acusações de João Jardim a Sócrates, eles parecem pertencer à mesma escola. Quando se anunciam cortes, crise, aumentos de impostos e redução de benefícios, João Jardim promete não despedir ninguém e continuar a fazer obra; Claramente o PS não consegue ganhar na Madeira porque o compincha J.J. ainda é mais socialista que eles.
Acredito, a meu desprazer, que João Jardim vai ganhar as eleições na Madeira pelo mesmo motivo que Socrates esteve 6 anos no poder: porque vender ilusões continua a render e o discurso contra a malta do Cont'nent eleva-o ao estatuto de figura mitológica.
É claro que também existem Joãos Jardins - vulgo políticos irresponsáveis - no continente, mas esses pelo menos também foram eleitos por vós. Independentemente disto, no final a factura é só uma e vai ser paga por todos.

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What a week

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Uma semana que começou segunda e acabou, hoje, Domingo ás 04:00 da manhã*.
As noitadas. E com elas o Red Bull, os ponteiros do relógio, o fast-food entregue à porta, muito, muito Guronsan. E o anoitecer, o amanhecer, o táxi que nos leva a casa, o banho frio para acordar poucas horas depois. O Cristo Rei visto da minha janela, as pessoas fechadas em si, no metro. As canetas no cabelo, as lentes coladas aos olhos. O meu vestido para um batizado hoje, que andou a passear pela cidade errada e por pouco não me chegava às mãos a horas. O livrete do meu Smart, que chegou finalmente. A Golden Retriever da velhota lá da rua que nos vem dar os bons dias e nos faz sorrir. Um dedo entalado. As horas. O cd perdido que finalmente encontramos. A porteira que nos pergunta se andamos a dormir na agência. Os saltos de 10cm que nos fazem doer os pés.
Que semana esta.


*Um compromisso de trabalho fez com que trabalhasse practicamente 2 semanas em apenas uma. Prometo voltar à regularidade esta semana!

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9/11 revisited

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Foi o dia em que o ocidente aprendeu o medo. Perto das duas da tarde em Portugal, cadeias internacionais de televisão mostravam as torres gémeas a arder, no que parecia ser um acidente aéreo. Tinha 17 anos e vi em directo um segundo avião a embater na outra torre. Ainda hoje me comovo quando me lembro daquele momento.

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I do!

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Ele leva-me às compras e deixa-me ver tudo o que quero. Ele diz-me onde estou e o que posso fazer perto de mim. Ele diz-me como o tempo vai estar, para eu não me molhar. Ele traz-me o jornal todos os dias, e algumas revistas. Ele diz-me que números saíram no Euromilhões. Ele leva-me ao banco. Ele diz-me que filmes vale a pena ver e onde estão. Ele entretêm-me quando estou aborrecida. Ele ajuda-me a cozinhar. Ele vê filmes comigo na cama. Ele acorda-me de manhã com música. E não se irrita a ver a bola nem pede para lhe trazer uma cerveja. Se se ajoelhasse com um anel, casava-me com ele.




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Contas certas

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O Porto hoje: 2 dentro e 2 fora.

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Dom Saraiva e os seus 2 Neurónios

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Este senhor (perdão, senhor) já nos tinha habituado a alguns artigos de opinião onde vai destilando a sua homofobia, mas este artigo publicado no Sol há um par de dias é alucinante.
Naturalmente que sei que opiniões são opiniões e cada um tem direito à sua, mas é justamente por isso que posso, com a mesma propriedade, escrever este post sobre o seu artigo, senhor Saraiva. É obvio que é uma enorme maçada confundir jornalistas desta forma. Repita lá senhor Saraiva, 2 maridos?? Casados um com o outro?! Que confuso. A comunidade homossexual é tão inconveniente, que grandes malandrecos. Já não se pode fazer jornalismo sério. Acho que devíamos sair todos à rua com forquilhas e archotes e reviver a Inquisição, só para animar a coisa.
E eu que pensava que este tipo de artigos eram coisa de uma sociedade caduca e ignorante em que já não vivíamos. Apanhou-me bem, senhor Saraiva. E por isso podia perder aqui mais algumas linhas a falar da sua pobreza de espírito, mas não vale a pena porque o seu artigo fala por si mesmo. E já que aproveita obras como a de Jorge Amado para analogias eruditas no seu texto, tenho a certeza que apreciará também o meu título. Mesmo tendo a destreza mental de um pionés.

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Gelado, geladinho...

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Não, este post não é um anúncio à Olá, nem ao Turismo da Sibéria. Como alguns de vocês saberão há uns meses dei uma daquelas quedas dignas de youtube, com folhas a voar para um lado, mala para o outro, enfim. E como eu quando faço as coisas as faço bem, o episódio valeu-me uma lesão osteo-ligamentosa nos dois pulsos (trocando por miúdos 1 mês sem abrir a porta do microondas) e uma fissura no menisco interno do joelho esquerdo. Depois de cerca de 7 meses completamente parada, voltei a treinar, para o objectivo que traçara antes de espatifar o joelhito: correr a maratona. Foi quando o PT do meu ginásio me disse que não me podia treinar para uma maratona porque com o joelho neste estado isso não ia acontecer. Nesse dia caiu-me a alma ao chão. Mas já dizia o slogan que "impossible is nothing" e como escorpião de gema que sou, saí à rua no dia seguinte e corri 8km para expurgar a frustração.
Existirão no mundo poucas pessoas tão obstinadas como eu. E enquanto houverem cubos de gelo no frigorífico e as perninhas não me caírem, garanto-vos que vou fazê-lo. Just watch me.


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Primeira piada imbecil do ano

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Um inglês vem a Portugal de férias e apanha uma conjuntivite. Um oftalmologista português que estava no mesmo aldeamento passa-lhe uns medicamentos e cura-o.
Porque é que o médico fez isso?
...
P'ra Inglês ver!

Quem conhece este blog desde que começou sabe que existe uma categoria de Posts chamado "Crónicas da estupidez anunciada". Ora, é nesta secção que vou comentando alguns disparates que digo (regra geral aqueles que fizeram pelo menos uma pessoa rir).

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Justificar o injustificável

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Há 3 dias atrás, um infeliz excesso policial levou à morte de um inocente. O protesto legítimo da família e moradores do bairro Tottenham, escalou numa onda de violência gratuita e criminalidade díficeis de acreditar quando falamos num país como o Reino Unido. E como sociedades inclusivas e socialistas que somos, tentamos justificar o injustificável: apontamos o dedo à pobreza, a neoliberalismos, à falta de emprego e perspectivas destes jovens, a tudo e mais um par de botas e parecemos esquecermos nos que camadas de jovens incálculavelmente mais pobres chegaram a Inglaterra há 40 anos, trabalharam de sol a sol em lojas de conveniência, padarias e bazares, para ter algo que perspectivar. Décadas atrás, perante uma sociedade ainda racista e sem as mesmas regalias sociais, a solução para a pobreza foi o trabalho, não o vandalismo que reduziu agora a pó e vidros estilhaçados o trabalho de uma vida inteira.
Num canal noticioso Inglês revela-se que estes jovens representam uma geração que nunca trabalhou e vive de subsídios. Ora, estão portanto a destruir o estado social que os sustenta.
E se podemos, porque acredito que sim, reflectir acerca do que esta por detrás, não podemos no entanto, justificá-lo. Isto, isto e isto, nada tem a ver com protestos políticos, ou revolta pela morte ocorrida. Pilhar lojas de bens apetecíveis , assaltar civis e destruir propriedade privada chama-se apenas oportunismo chico-esperto.
So much for gentlemans.

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Drug is a Losing Game

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Gostava de ouvir Amy cantar em 2004, quando ainda era dona de um ar saudável e um talento prodigioso. Mas a nossa Amy personificou a tragicomédia da estrela consumida pelas drogas e pelo alcóol e afogou num copo de whiskey aquele destino auspicioso de diva idolatrada.
So long, Amy.

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País de Pinypon

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Somos um país pequeno.
E não falo das delimitações geográficas destas fronteiras que Afonso Henriques nos deixou como herança, mas da pobreza mental que, está visto, nos corre nas veias. Vamos-nos desculpando com o liberalismo, com o capitalismo, com globalização e a Moody's mas a verdade é que parecemos condenados ao 'nacional porreirismo', esse fado lusitano que nos condena como povo.
Somos os super-europeus da preguiça; achamos que o estado social está lá para cuidar de nós, mesmo que não paguemos os nossos impostos. Sabemos vagamente que temos deveres cívicos e cumpriríamo-los, não estivéssemos nós, invariavelmente, demasiado cansados.
Em lusas terras não existem incompetentes, existem coitadinhos. Quando alguém pretende trabalhar seriamente é porque "quer ser melhor que os outros"(ou não tivesse o 'porreirismo' também um lado perverso). O desejo de superação individual é imediatamente rotulado de defeito social e por isso também raramente se crítica e mais raramente ainda se faz melhor.
Somos um país de brandos costumes, dizem. Geralmente, demasiado brandos. Temos um país na banca rota e falamos do magalhães porque até simpatizamos com aquele senhor que diz que está tudo bem e nos oferece o seu sorriso amarelo nº43. Vemos presidentes de Câmara serem condenados em Supremo Tribunal por 20 e tantos crimes de abuso de poder e desvios de fundos públicos e mesmo assim votamos neles, porque afinal, todos gostamos muito de donas Fatinhas.
É mais fácil extraditar um criminoso como Pinochet do que Vale e Azevedo. Isto porque por cá, este senhor é apenas um alegado criminoso, que terá cometido alegados crimes, que terão por sua vez outros alegados arguidos. Somos um país relativo.
Bem sei que fomos o País dos Descobrimentos, que o Português é a 4ª língua mais falada do mundo e que levámos o chá para a Inglaterra, mas já me cansei de ouvir as epopeias do passado. Falamos delas com um paternalismo que nos infantiliza. E por isso vão ter de me perdoar a tremenda impertinência, mas não percebo como chegámos a esta tão completa falência. Tanta gente graúda a viver neste país de Pinypon.


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So good to be here again

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Caros leitores, o planeta encerra hoje um período de prolongada ausência.
O primeiro post desta nova era (a publicar esta noite) recupera um post antigo que nunca chegou a ser publicado, mas que me pareceu oportuno.
Assim, resta-me agradecer a todos aqueles que acompanharam, leram e comentaram este humilde blog desde o príncipio e que durante um ano inteiro me perguntaram para quando um retorno. O meu muito obrigada também aqueles que estiveram todos estes anos ao meu lado de forma incondicional e que partilharam a minha vida quando eu fiz as coisas certas mas, sobretudo, quando fiz as erradas.
Este blog é para vocês.

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